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AABB festeja o Dia da Árvore com incentivos à preservação ambiental



Com o objetivo de conscientizar a preservação de um dos bens mais preciosos da natureza, no dia 21 de setembro comemora-se o dia da árvore no Brasil. Celebrando esta data, a AABB Cuiabá anuncia que está sendo finalizado um inventário florestal, com a identificação de suas árvores nativas e também algumas frutíferas. As plaquinhas de identificação das principais espécies, que existiam no clube alguns anos atrás, serão revitalizadas.


O presidente da AABB Cuiabá, Newton Geraldo Fiorenza, destaca que a preservação ambiental é de vital importância para nós e as futuras gerações. "A vida no mundo será bastante problemática se não frearmos a degradação do meio ambiente e não houver preservação", alerta ele, complementando que, por esta razão, um dos grandes diferenciais da AABB Cuiabá é a preservação do verde e da fauna.


Funcionários da Associação zelam das plantas e também fornecem comida para os animais silvestres, enquanto as crianças que frequentam o clube são orientadas a não maltratar os animais e a não quebrar galhos de plantas.O replantio de árvores já foi feito várias vezes e continua sendo feito todos os anos. "É difícil de achar, hoje, dentro de Cuiabá, uma área preservada com tantas espécies nativas como na AABB", observa Fiorenza, acrescentando ainda que um antigo estacionamento, que antes era coberto de brita, virou um gramado e hoje também é preservado. "É uma área verde bonita onde as pessoas muitas vezes fazem piquenique e até casamentos, assim como acampamentos no dia das crianças, por ex, e colônias de férias".

De acordo com Fiorenza, algumas tempestade já causaram problemas derrubando grandes árvores, e uma das providências tomadas pelo Clube foi o replantio. A erosão também já deu prejuízos. Localizada geograficamente num plano mais baixo, a AABB Cuiabá recebe toda enxurrada proveniente da Chácara dos Pinheiros e dos bairros vizinhos. Há alguns anos as águas dessa natureza deram origem a um buraco enorme nas proximidades do Rio Coxipó, e foi preciso gastar cerca de 300 mil reais com obras para conter a erosão. O trabalho só não ficou mais caro porque foi realizado em parceria com o dono do imóvel ao lado, tendo em vista que a erosão apareceu bem na divisa das propriedades. "A gente gastou bastante mas compensou, porque estamos conseguindo preservar o meio ambiente", concluiu o presidente do Clube.


Inventário Florestal



O levantamento vem sendo feito desde 2011 por Roberto Vilela Veloso, apaixonado pela natureza que está entre os que mais incentivam o replantio de árvores na AABB. Além de auxiliar a Diretoria do Clube na organização dos eventos sociais, Beto Vilela faz mudas de diferentes espécies de árvores em sua residência que são trazidas para a AABB e replantadas na época das chuvas. Entre as árvores por ele plantadas tem manga, caju, limão e até mesmo o pau-brasil, a árvore que dá nome ao nosso país.


O pau-brasil (Paubrasilia echinata) chega a ter entre 10 e 15 metros de altura e era muito abundante na Mata Atlântica na época de nosso descobrimento pelos portugueses. Ele possui um tronco reto e relativamente fino, com uma coloração cinza-escura. A árvore dá flores amarelas e um extrato interior capaz de gerar uma tinta vermelha, sendo por isso também chamada de pau-de-tinta.


O extrativismo desta árvore foi a primeira atividade econômica do nosso país, nos tempos do Brasil Colônia.Rapidamente descoberto pelos primeiros navegantes, o pau-de-tinta ou pau-brasil era uma espécie de árvore abundante no território brasileiro, que servia como matéria-prima para o tingimento de tecidos. Apresentava particular importância para a indústria têxtil europeia, que passava por um período de crescimento. O comércio dessa mercadoria tornou-se um empreendimento lucrativo àquela época, dando início à atividade econômica dos europeus no Brasil, bem como à efetiva ocupação das terras brasileiras.


Por mais de 375 anos, o extrativismo do pau-brasil aconteceu em todo o país, até que a árvore foi declarada patrimônio nacional em 1978, através da Lei nº 6.607, que ainda estipulou o dia 3 de maio como a data oficial da árvore, que é a única protegida por lei em terras tupiniquins. Também se tentou declarar o ipê-amarelo como a flor nacional, mas isso não foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Em virtude de sua extração descontrolada, esta árvore maravilhosa curiosamente quase já não existe mais nem mesmo no que restou da Mata Atlântica.


O primeiro grande ciclo econômico do Brasil foi às custas de nossa madeira-símbolo: muitos se tornaram ricos com o extrativismo que durou até 1875, exportando o pau-brasil para a fabricação de corantes, a construção naval e a marcenaria de luxo. Em 1605, apenas 105 após o descobrimento do Brasil pelos portugueses, já se falava em medidas de proteção, mas elas nunca surtiram muito efeito.




Além do pau-brasil, o pátio da AABB Cuiabá tem ipês, aricás e a chamada orvalheira ou cagaita. Nesta nova estação do ano as árvores costumam mostrar a sua beleza com intensas floradas, mas muitos tapetes floridos já recepcionaram os frequentadores do Clube bem antes da chegada da primavera.

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